POLÍTICA

Passeio com carro oficial: ex-prefeita e filhas são processadas

               A Promotoria de Justiça de Andradina denunciou a ex-prefeita de Castilho, Fátima Nascimento (2017-2020), e suas filhas Janini e Lilian, atribuindo a elas a prática do crime de improbidade (desonestidade) administrativa. O processo começa a tramitar no Fórum de Andradina e pede a condenação das três.

            O trio familiar é acusado de, no dia 27/10/2019, usar carro oficial da prefeitura de Castilho para levar Hermínia Conceição Gavioli da Silva, irmã de Fátima, até Santa Bárbara D´Oeste, distantes 553 km, onde ela mora. Até uma neta da ex-prefeita estava no carro. O motorista que dirigiu é funcionário da prefeitura.

            Na época dos fatos, Janini era secretária da Saúde, e Lilian, secretária da Assistência Social.

            O veículo, uma Spin placa FYQ-8029, de uso exclusivo da Secretaria de Saúde, não levava nenhum paciente para atendimento médico, mas sim foi utilizado para fins particulares da família da então prefeita, o que é proibido por lei, segundo a promotora Regislaine Topassi, que atua em Andradina.

            Antes de entrar com a ação, a promotora fez uma ampla investigação sobre a denúncia que chegou até o Ministério Público pelas mãos de Adilson Santos, hoje vereador.

            A promotora afirma que as provas contra Fátima e as filhas são fartas e juntou no processo depoimento do motorista, informações da prefeitura e todas as fotografias da viagem, feitas por Adilson Santos.

Algumas das fotografias foram feitas quando a família Nascimento parou durante a viagem num posto de combustíveis denominado ironicamente de “Sem Limites.”

Fátima teve apenas um mandato na prefeitura. Quando iniciava campanha pela reeleição em 2020, uma força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil entrou na Prefeitura com um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça para recolher documentos sobre denúncias de irregularidades na administração. O fato a fez desistir da disputa antes do pleito.

            Caso condenadas no caso do veículo público usado para fins particulares, as acusadas poderão ser obrigadas a ressarcir o município com os gastos da viagem, ter os direitos políticos suspensos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público.             O espaço está aberto para manifestação das acusadas. Se enviada, será acrescentada abaixo.

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