REGIÃO

USP de São Carlos sediará centro nacional de inovação em nanomedicina para câncer e doenças raras com apoio da Finep

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), será sede de um dos mais novos e promissores centros de pesquisa do país: o Centro Nacional de Inovação em Nanotecnologia Aplicada ao Diagnóstico e Terapia do Câncer e Doenças Raras. A iniciativa, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), tem como foco o desenvolvimento de tecnologias avançadas em nanomedicina para o tratamento de doenças como o câncer e a Atrofia Muscular Espinhal (AME).

Criado a partir da chamada pública MCTI / Finep / FNDCT / Centros Temáticos, o centro foi instituído em 2023 e conta com financiamento inicial de R$ 12 milhões, com vigência prevista até 2028.

Segundo o coordenador do novo centro, o professor e pesquisador Valtencir Zucolotto, do IFSC, as expectativas são elevadas. “A criação do novo centro consolidará nossas pesquisas já em andamento numa área de fronteira e de grande importância acerca do uso da nanotecnologia no diagnóstico e terapia do câncer, especialmente glioblastoma e câncer de pulmão, e de doenças raras”, destacou. A base científica da iniciativa surgiu a partir dos avanços do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), criado em 2012 no IFSC e também coordenado por Zucolotto.

Colaboração multidisciplinar

O novo centro contará com a atuação de professores e pesquisadores do IFSC, incluindo Osvaldo Novais de Oliveira Jr. e Cleber Mendonça, dos grupos de Polímeros e Fotônica, além de parcerias externas estratégicas com o Hospital de Amor (Barretos), a Faculdade de Medicina da USP, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), entre outras instituições nacionais e internacionais.

O centro também prevê o fortalecimento da infraestrutura física e de recursos humanos, além de facilitar a cooperação com empresas da área biomédica, visando a transferência de tecnologia ao SUS e ao setor privado.

Nanomedicina como revolução terapêutica

A proposta do centro representa um novo paradigma para o tratamento de câncer e doenças raras, muitas vezes carentes de terapias eficazes. A meta é desenvolver soluções com segurança, personalização e alta precisão, trazendo a nanomedicina para a prática clínica em larga escala.

Entre as frentes de pesquisa estão:

  • Nanomedicina teranóstica: desenvolvimento de nanopartículas que combinem diagnóstico e terapia, capazes de detectar tumores e destruir células doentes ao mesmo tempo.
  • Nanovacinas e imunoterapia: criação de vacinas personalizadas baseadas em nanotecnologia, que estimulam o sistema imune a combater células tumorais, com foco em câncer e doenças raras.
  • Nanotoxicologia: avaliação de riscos e impactos ambientais e biológicos das nanopartículas, assegurando sua segurança em aplicações clínicas.

O GNano, responsável por diversas inovações na área, recebeu em 2024 o Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica, graças à criação de uma tecnologia de nanomedicina para administração de medicamentos via nasal no tratamento do glioblastoma, um tipo de câncer cerebral de alta letalidade.

Com o novo centro, o IFSC consolida-se como um dos principais polos de ciência aplicada e inovação médica do país, com potencial para transformar o cenário da saúde pública brasileira por meio da nanotecnologia.

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