REGIÃO

Butantan recebe aval da Anvisa para testar vacina contra gripe aviária em humanos

O Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, recebeu nesta terça-feira (1º) autorização da Anvisa para iniciar os ensaios clínicos em humanos da vacina candidata contra a gripe aviária A (H5N8). O imunizante será testado em 700 voluntários adultos e idosos em cinco centros de pesquisa do país.

A vacina — inativada, fragmentada e adjuvada — será aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias. Inicialmente, serão recrutados 70 adultos em Recife (PE), com expansão posterior para centros em São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP) e Belo Horizonte (MG). Se os resultados forem favoráveis, os testes incluirão 280 novos adultos e, em seguida, 350 idosos com 60 anos ou mais.

“Se o vírus começar a se disseminar entre humanos, o Instituto poderá produzir um contingente estratégico de até 30 milhões de doses”, afirmou o diretor do Butantan, Esper Kallás.

Vacina pré-pandêmica

A vacina foi desenvolvida com base em uma cepa do vírus influenza A (H5N8) altamente patogênica e próxima das variantes que circulam nas Américas. O Butantan já possui um lote reserva pronto para uso em estudos clínicos.

A diretora médica do instituto, Fernanda Boulos, ressaltou que a iniciativa busca uma vacina pré-pandêmica, pronta para ser adaptada rapidamente em caso de mutações do vírus.

“É uma medida de precaução diante do risco crescente de uma transmissão entre humanos”, explicou.

Preocupação global

Embora não haja casos confirmados da doença em humanos no Brasil, a gripe aviária já infecta aves, mamíferos e trabalhadores rurais em diversos países. A mortalidade pode chegar a 50% entre humanos, segundo a OMS. A transmissão se dá principalmente por contato com animais contaminados vivos ou mortos.

“Ainda não houve registro de transmissão entre pessoas, mas a mutação do vírus preocupa a comunidade científica global”, alertou Paulo Lee Ho, pesquisador do Butantan.

🧬 Estudo será concluído até 2026

Os ensaios devem durar até 2026, quando o Instituto espera apresentar um pacote regulatório robusto à Anvisa. A plataforma utilizada já foi testada em outros estudos, como na fase 1 da vacina pandêmica H7N9, desenvolvida anteriormente pelo Butantan.


📌 Quer ser voluntário ou acompanhar o avanço dos testes?
Acesse: www.butantan.gov.br

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