HISTÓRIAS DA NOSSA GENTE
A voz que aproxima: o castilhense Ygor Andrade fala sobre o rádio e sua essência

DE CASTILHO (SP) POR RONI PAPARAZZI –No Dia do Radialista, celebrado nesta sexta-feira (7), o castilhense Ygor Andrade reflete sobre sua trajetória e o significado dessa profissão que, mesmo com o avanço das tecnologias, segue viva no coração de quem ouve e de quem comunica.
Ygor conta que sua entrada no rádio não foi planejada. A oportunidade surgiu durante a pandemia, em 2020, quando passou pela Rádio Difusora. Mais tarde, em 2025, teve a experiência que marcou sua história no meio: quase cinquenta programas apresentados na Jovem Pan. Hoje, atua como repórter da TVC, em Três Lagoas (MS).
Para ele, o segredo da comunicação está na naturalidade:
“Acredito que a ideia principal seja ser o mais transparente possível, e tentar não ser mecânico. Quanto mais natural, mais a conexão acontece.”
Ygor destaca o papel do rádio na formação da opinião pública, especialmente por sua presença constante na rotina das pessoas:
“Você está no carro, no trabalho, limpando a casa… mas está ouvindo alguma coisa. Nós entregamos a informação; quem forma a opinião é o ouvinte.”
Sobre o poder da voz, ele lembra o clássico episódio da transmissão de Guerra dos Mundos, de Orson Welles, que levou ouvintes a acreditarem que estavam sendo atacados:
“Isso mostra o poder do rádio. Uma voz bem postada, uma boa interpretação, influencia e emociona.”
Ele diferencia também o rádio comunitário das grandes emissoras, sem hierarquizar:
“São formatos diferentes. O comunitário olha para a realidade local; o comercial, para um alcance maior. Ambos têm sua importância.”
Apesar das mudanças na comunicação, Ygor acredita que o rádio não morre, apenas se transforma:
“Podcasts são o rádio com imagem. É tudo o mesmo produto com nomes diferentes.”
Para ele, três pilares sustentam a comunicação de verdade: transparência, simplicidade e verdade.
Ao encerrar, o jornalista deixa uma mensagem aos colegas:
“Continuem fazendo com amor. Ainda há muitas pessoas que se mantêm ‘vivas’ por causa do rádio. Parabéns, meus queridos.”