POLICIAL

Em um ano, estado vai recompor 30% do efetivo da Polícia Civil

Até o final deste ano, a Polícia Civil de São Paulo vai recompor 30% do efetivo de policiais. A expectativa é de 7,5 mil policiais a mais para a corporação, reduzindo o déficit herdado pela atual gestão. Nesta sexta-feira (10), 4,1 mil delegados, investigadores, escrivães e médicos-legistas tomaram posse. O evento foi realizado no Ginásio do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Além dos policiais que ingressam na corporação, estamos também priorizando “a valorização das carreiras, a recomposição do efetivo e o investimento em tecnologia”, disse o governador Tarcísio de Freitas durante a cerimônia de posse.

“No primeiro ano de gestão, mesmo com um efetivo defasado, aumentamos a produção policial, com a queda nos principais índices criminais. Agora queremos ampliar ainda mais esse trabalho em todo estado, inclusive, com a abertura de delegacias que foram fechadas anteriormente por falta de efetivo”, destacou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “A segurança pública é uma das principais demandas da população.”

O evento tornou-se a maior posse de policiais civis da história do estado. Por isso, houve a necessidade de montar uma estrutura ampla para receber todos os convocados. “A maior polícia do país vivência um marco. É a vitória pautada pela dedicação e persistência”, observou o delegado-geral, Artur Dian. 

Médica-legista passará primeiro dia das mães sem a filha por sonho de se tornar policial civil

Aos 45 anos, Liliana Lisboa Sanches realizou um sonho de criança. Foi aprovada para ser médica-legista da Polícia Civil, especialista em realizar exames para identificação de vestígios e solucionar crimes.

O tempo de espera não foi em vão. Liliana também é mãe e decidiu esperar a filha, Maria Laura, se tornar adolescente e começar a faculdade de medicina, profissão inspirada no desejo da mãe. A aprovação de Liliana no concurso da Polícia Civil veio após dois anos de estudo.

A posse dos nomeados realizada hoje marcou algo inédito na vida da médica: vai passar o primeiro dia das mães longe da filha. “Estou apreensiva de estar longe, mas ela está mais feliz do que eu de ver que estou realizando o meu sonho”, disse.

Liliane mora em Tupã, a mais de 500 quilômetros da capital paulista, e sempre passava a data com a filha. Na próxima segunda-feira (13), a médica-legista começará o curso de formação na Academia de Polícia.

O mesmo sentimento é tido pela investigadora de polícia, Carolina Matos. Mãe de dois meninos, de sete e nove anos, ela vai ficar longe de Presidente Prudente para poder dar continuidade na carreira. “Nunca fiquei tanto tempo sem eles por perto. Mas chega uma hora que não tem jeito, precisamos priorizar o que queremos ser na vida”, conta.

Carolina estudava para ser delegada, mas no decorrer das aulas acabou por gostar mais da parte da investigação. “Era algo que gostava muito e agora espero me realizar profissionalmente e poder contribuir de alguma forma para a sociedade”, complementa.

A emoção em tomar posse era vista por muitos novos policiais no ginásio. “Dá vontade de chorar só de entrar aqui e ver meus colegas felizes”, disse Jesiel Mesquita, que passará por três meses de formação para ser escrivão de polícia. “No início você pensa que é fácil, mas depois vê o quanto o concurso é complexo e o tanto que você precisa se abdicar de várias coisas para poder chegar até aqui”, relata sobre o período de estudos, que durou cerca de quatro anos.

Formação

Todos os novos policiais ficarão na Academia de Polícia por uma semana. Depois serão divididos e designados para as Unidades de Ensino Policial (UEPs) espalhadas pelo estado.

Os cursos de escrivão, investigador e médico legista terão duração média de três meses. Já os futuros delegados passarão por cinco meses e meio de aulas. Durante o período os alunos passam por um estágio nas unidades policiais e fazem o estágio probatório de aptidão ao cargo por 3 anos.

Esta também é a primeira turma de delegados e médicos legistas que receberão o título de especialistas nas áreas de direitos humanos e medicina legal, respectivamente. Antes, o curso de formação para essas áreas era técnico-profissional, que segue para as carreiras de escrivães e investigadores.

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