POLICIAL
Tornozeleira eletrônica já ajudou a salvar vítimas de violência doméstica em SP; 48 agressores foram presos
O programa de monitoramento por tornozeleiras eletrônicas tem se mostrado uma importante ferramenta na proteção de mulheres vítimas de violência doméstica em São Paulo. Desde sua implantação, em setembro de 2023, 48 agressores foram presos por descumprirem medidas protetivas impostas pela Justiça. A informação é do Roni Paparazzi e Foto: Agência SP.
A iniciativa, fruto de um acordo entre o Governo de São Paulo e o Tribunal de Justiça, prioriza os casos de violência doméstica. Após audiência de custódia, agressores monitorados recebem a tornozeleira e passam a ser acompanhados 24 horas por dia pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).
A tecnologia permite que os policiais se antecipem a possíveis crimes. “Se o agressor ultrapassar o perímetro definido pela Justiça, um alerta visual e sonoro é emitido e a viatura mais próxima é enviada imediatamente”, explicou o capitão Adriano Oleari Bianchini, chefe da seção operacional do Copom.
O sistema já evitou tragédias, como em um caso em Itaquera, na zona leste da capital, quando a polícia impediu que um homem se aproximasse da ex-companheira apenas um dia após ser liberado com tornozeleira. Ele havia sido preso anteriormente por ameaçá-la.
Além disso, o monitoramento detecta tentativas de violação do dispositivo, como rompimento, ausência prolongada ou falta de carga. O aplicativo SP Mulher Segura também permite que a vítima acione o botão do pânico, enviando um alerta diretamente à polícia.
Hoje, 147 agressores seguem sendo monitorados. “Eles sabem que qualquer tentativa contra as vítimas será detectada e respondida com rapidez. O programa está salvando vidas”, reforçou o capitão Oleari.